Como funciona um centro de reabilitação?
Você sabe como funciona um centro de reabilitação? Nós nunca queremos aprender na prática como isso funciona, pois indicaria que precisaríamos internar algum conhecido, familiar ou mesmo a nós mesmos nessas clínicas. No entanto, é importante saber como elas funcionam na prática e entender o processo justamente para poder ajudar alguém que precise desse apoio.
É importante também entender que existem diferentes clínicas de reabilitação, com distintas estruturas e recursos. Por exemplo, a Clínica de Reabilitação – Núcleo Viver Sóbrio conta com determinados recursos, profissionais e estrutura que, talvez, outras não tenham. No entanto, o processo central tende a ser o mesmo entre todas elas, para poder criar um padrão de atendimento.
Quer saber como funciona um centro de reabilitação no Brasil? Então siga a leitura do artigo abaixo!
O que são clínicas de reabilitação e por que são necessárias?
Uma clínica de reabilitação é um espaço médico de atendimento a pessoas que são dependentes químicas. O objetivo dessas estruturas é oferecer um espaço que seja saudável para que os pacientes possam se desintoxicar, passar pelo estágio mais intenso da abstinência e começar o processo de combater a dependência química. Ou seja: se reabilitarem para a vida em sociedade novamente ou, no mínimo, para poder começar a longa jornada de viver com a dependência.
Essas estruturas, normalmente, contam com o apoio de uma equipe médica treinada para lidar com as necessidades dos pacientes, que variam muito de caso para caso. Além disso, contam também com o necessário para poder dar os primeiros passos rumo a uma vida mais livre.
Algumas clínicas fazem apenas o trabalho de desintoxicação e controle da abstinência mais intensa, enquanto outras oferecem um atendimento completo e mais longo, incluindo um contínuo processo de terapia pós-desintoxicação.
Esse tipo de estrutura é necessária porque a batalha contra a dependência química não é fácil. Hoje, por exemplo, existem milhares de pessoas na chamada Cracolândia em São Paulo, que simplesmente não conseguem sair dessa situação atual de dependência.
Sem o apoio médico especializado, não é nem possível que os familiares ou amigos possam ajudar a pessoa a superar a desintoxicação, pois existem muitos riscos de problemas sérios nessa fase.
Assim, essas clínicas atuam com um serviço que somente elas podem oferecer: o tratamento profissional para ajudar as pessoas a se desintoxicarem da droga e vencerem a dependência química dia após dia.
Como funciona um centro de reabilitação no Brasil?
O funcionamento de um centro de reabilitação no Brasil depende muito de cada espaço. No geral, podemos dividir as clínicas em dois grupos: aquelas focadas na desintoxicação e processo de abstinência e aquelas focadas no longo prazo, que também tentam combater o foco mental e emocional da dependência química.
O processo de dependência química, apesar de entendido pela sua mecanicidade, não é totalmente compreendido na sua origem. O que se sabe é que, além de um distúrbio químico no cérebro, a dependência causa também (ou é causada por) um trauma na psique do indivíduo.
O primeiro grupo de clínicas trata dessa primeira questão: a desintoxicação e a abstinência, passando remédios que ajudam a combater a parte química da dependência. A ideia é conseguir tentar restaurar o processo de recompensa do cérebro (o responsável pela dependência), de modo a tentar combater esse problema, enquanto limpa-se o corpo da pessoa do efeito das substâncias.
Já o segundo grupo também faz isso, mas entende que há a necessidade de tratar a questão emocional e mental da dependência, então oferece uma terapia (individual ou em grupo) e outras técnicas voltadas a ajudar a pessoa a recuperar a sua psiquê e resolver os traumas que possam dar lastro ao uso de substâncias psicoativas.
Quem pode ser internado em um desses espaços?
Qualquer pessoa que desenvolva o quadro de dependência química pode ser internada nessas clínicas de reabilitação. A dependência não precisa ser necessariamente causada por drogas “famosas”, como a cocaína, o crack ou a heroína, mas também por drogas lícitas, como o álcool, o cigarro ou remédios (especialmente opióides).
A internação pode ser voluntária, ou seja, aquela na qual o paciente vai de boa vontade até a clínica pois sabe que precisa de ajuda profissional para vencer o problema. Normalmente, essas situações são aquelas com a maior taxa de recuperação e menos casos de reincidência, pois a realização pessoal do problema e o desejo de recuperação são vitais para esse processo.
Por outro lado, internação também pode ser involuntária, que é aquela na qual o paciente é levado “à força” para a clínica, pois compreende-se que a dependência química retirou sua capacidade de decisão. Após avaliação clínica, ele recebe alta e pode voltar para casa.
Agora que você já sabe como funciona um centro de reabilitação, é hora de colocar esse conhecimento em prática na sua vida. Caso seja necessário internar algum conhecido, amigo ou familiar, lembre-se de tentar a internação voluntária primeiro, para poder aumentar as chances de sucesso do processo. Se não der, lembre-se de que existem ferramentas jurídicas disponíveis para ajudar a salvar a vida do dependente químico.
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