Por que a amamentação protege contra infecções respiratórias na infância?
Mais do que nutrir e contribuir para o desenvolvimento do bebê, a amamentação é um processo de ligação entre mãe e filho, e também exerce papel fundamental para a proteção fisio e imunológica da criança.
Por mais que os recém-nascidos recebam anticorpos da mãe durante a gestação, eles ainda são o grupo mais suscetível às doenças infectocontagiosas, e necessitam de cuidados redobrados para evitar o desenvolvimento de condições graves que possam impactá-los durante toda a vida.
Dentre os cuidados mais importantes, debatemos o papel da amamentação para a proteção da criança e como seus benefícios se estendem por toda a infância.
O papel da amamentação na saúde do bebê
O processo de reprodução humana é complexo, mas muito bem estruturado, sendo assim, após a gestação, o corpo da maioria das mamães está preparado para continuar nutrindo e desenvolvendo o bebê fora da barriga.
O parto e a retirada da placenta refletem na queda dos níveis de estrogênio, e, consequentemente, no pico de liberação de prolactina, hormônio responsável pela produção de leite. E quanto mais o bebê mamar, mais leite será produzido pela mãe.
Liberado na temperatura correta e rico em diversos nutrientes, o leite materno será a única fonte necessária para o desenvolvimento da criança e, como citamos, uma das principais para a sua proteção contra doenças. Dentre os principais benefícios da amamentação, podemos citar:
- A importância no desenvolvimento facial, uma vez que o movimento feito pelo bebê durante a amamentação é o primeiro exercício de estímulo para o crescimento harmônico da face;
- Ajuda no desenvolvimento da fala, tendo em vista que a posição na boca nos mamilos estimula pontos de articulação;
- As proteínas do leite materno são de fácil digestão, evitando cólicas no bebê;
- A mãe também encontra benefícios no aleitamento, como a diminuição do risco de desenvolver câncer de mama e o auxílio na perda de peso pós-parto.
Até quando devo amamentar?
Estudos e pesquisas buscam encontrar a duração ideal para o processo de amamentação, visando entregar para a criança a máxima proteção e nutrição.
A princípio, devemos reforçar que o aleitamento materno exclusivo é caracterizado pela amamentação somente de leite materno, seja ele direto da mama ou por ordenha. Não é necessária a inclusão de outras fontes de alimento, nem mesmo água ou outros líquidos.
Esse aleitamento exclusivo é indicado até os 6 meses de idade. O aleitamento materno parcial, quando a criança ingere outros tipos de alimentos líquidos e sólidos, além do leite da mãe, é recomendado a partir dos 6 meses, podendo se estender até os dois anos de idade.
Como a amamentação protege contra infecções respiratórias na infância
Citamos os inúmeros benefícios do leite materno para a saúde do bebê, e reforçamos que ele também é rico em substâncias antimicrobianas e componentes anti-inflamatórios, fatores que atuam no desenvolvimento dos agentes de defesa do organismo.
A proteção contra doenças infecciosas é apontada em estudos como o realizado pelo Instituto Nacional de Saúde e Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Durante o estudo, cerca de 1.500 mulheres grávidas foram acompanhadas no decorrer da gestação e até que seus filhos completassem 6 meses. Posteriormente, essas mães relataram os episódios de gripes e infecções apresentados pelos filhos.
Foi possível chegar à conclusão de que as crianças amamentadas por pelo menos 9 meses apresentaram 70% menos casos de infecções de ouvido e garganta, e 30% menos chances de sinusite, quando comparadas às crianças amamentadas apenas até os 3 meses de idade.
No Brasil, o cenário é o mesmo. Segundo dados do Ministério da Saúde, estudos realizados em Pelotas (RS) demonstram que uma criança amamentada exclusivamente com o leite materno apresentou 61 vezes menos chances de ser internada por pneumonia em seus primeiros 3 meses de vida, quando comparada a uma criança não amamentada.
A amamentação é fundamental para o crescimento saudável do seu bebê. Informe-se com seu médico de confiança e lembre-se que esse é um momento que não deve causar dores para a mamãe, mas sim uma ligação entre ela e seu filho. Amamente!
“Artigo escrito pela Agência WSI Digital Marketing”.