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Câncer no colo do útero: como é feito o diagnóstico?

O câncer do colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é causado pela infecção por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos). A infecção genital por esse vírus é muito comum e não necessariamente causa a doença.

Porém, em alguns casos, ocorrem mudanças celulares que podem evoluir para o câncer de colo.

Essas alterações são detectadas facilmente através do exame preventivo (popularmente chamado de Papanicolau) e são de possível cura em quase todos os casos. Devido a isso, é essencial a realização periódica deste exame.

O diagnóstico é, em sua maior parte, clínico. A coleta periódica do exame citopatológico, como aprendido em cursos de análises clínicas, do colo do útero possibilita o diagnóstico preventivo, tanto das formas pré-cancerígenas quanto do câncer propriamente dito.

diagnostico cancer no colo de utero

No exame ginecológico cotidiano, além da coleta do material citopatológico, é realizado o Teste de Schiller – no qual coloca-se no colo do útero uma solução iodada – para detectar áreas não coradas e que podem ser suspeitas.

A colposcopia (exame em que se visualiza o colo do útero com lente de aumento) ajuda na identificação de lesões suspeitas e permite, também, a realização de biópsia dirigida (coleta de pequena porção de colo do útero), que é imprescindível para o diagnóstico de câncer.

Além disso, atenção dobrada será dada aos nódulos linfáticos para certificação da presença (ou não) de metástase.

Diagnóstico positivo

Já nas pacientes com diagnóstico confirmado de câncer, é importante a realização de exames adicionais que ajudam a analisar se a doença está restrita ou não ao colo do útero.

São exames como a cistoscopia, retossigmoidoscopia, urografia excretora e, em alguns casos, ecografia transretal.

É importante lembrar que a prevenção primária do câncer do colo do útero está diretamente relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV).

A transmissão da infecção ocorre por via sexual, porém o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode se manifestar a partir do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.

Vacinação contra o HPV

O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. Em 2017, o Ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.

A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

A vacinação em conjunto com a realização do exame preventivo (Papanicolau) são fundamentais.

Mesmo as mulheres vacinadas, após alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), devem fazer o exame preventivo com certa frequência, pois a vacina ainda não protege contra todos os tipos do HPV.

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